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Incompanhia

A companhia dos (in’s) INcerto INcoerente INconstante

Incompanhia

A companhia dos (in’s) INcerto INcoerente INconstante

Devíamos morrer novos

19.10.19 | Delcy Reis

E que palavras. 

Palavras ditas por um senhor de 90 anos, extremamente metódico, extremamente capaz. 

Um senhor, cuja vida construída, foi também e sempre a base de muito esforço, e conquista, onde o adquirido e garantido nem sempre o era. 

E pelo que lhe conheço, entendo. 

Que, para alguém naquele espírito, naquela consciência, a espera, poderá ser desesperante. 

O apenas esperar. 

Se, de consolo servir, também em mais novo, esperar que a vida continue, no fluxo pretendido, é também desafiante. 

Se, de consolo servir, os jovens, as gerações ainda mais novas, irão enfrentar desafios ainda mais intensos no que a adaptabilidade e altruísmo respeita. 

Sociedades que mudam a uma velocidade incontrolável, onde o esforço humano, é rapidamente descartável. 

E, nos os novos que pensamos que só queremos morrer velhinhos, é balanceamos este querer, com os riscos, com a vida, com o carpe diem.

Talvez os jovens, por vezes também gostariam de morrer novos, pelo desenquadramento, volatilidade, inconstância. 

Gerações com estabilidade. 

Gerações do desafio. 

Gerações do egoísmo total. 

 

 

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