Devíamos morrer novos
E que palavras.
Palavras ditas por um senhor de 90 anos, extremamente metódico, extremamente capaz.
Um senhor, cuja vida construída, foi também e sempre a base de muito esforço, e conquista, onde o adquirido e garantido nem sempre o era.
E pelo que lhe conheço, entendo.
Que, para alguém naquele espírito, naquela consciência, a espera, poderá ser desesperante.
O apenas esperar.
Se, de consolo servir, também em mais novo, esperar que a vida continue, no fluxo pretendido, é também desafiante.
Se, de consolo servir, os jovens, as gerações ainda mais novas, irão enfrentar desafios ainda mais intensos no que a adaptabilidade e altruísmo respeita.
Sociedades que mudam a uma velocidade incontrolável, onde o esforço humano, é rapidamente descartável.
E, nos os novos que pensamos que só queremos morrer velhinhos, é balanceamos este querer, com os riscos, com a vida, com o carpe diem.
Talvez os jovens, por vezes também gostariam de morrer novos, pelo desenquadramento, volatilidade, inconstância.
Gerações com estabilidade.
Gerações do desafio.
Gerações do egoísmo total.