(DES)espero
Palavra que, das mais diferentes formas tem vindo a surgir na minha vida.
Ora por amigos que me surgem de forma desesperada, e desbalanceada de emoções, pela instabilidade de vida que hoje em dia é entendida como sendo normal, ora por mim própria, por de forma regular sentir que quem controla e leva o meu tempo, não sou eu, em todas as esferas da minha vida.
E que gestão é necessariamente preciso de ser feita para poder e saber esperar.
E, por isso mesmo, procurei explorar a palavra, o ponto rebuçado a que todos já chegamos quando sentimos que flutuamos em demasia, quando sentimos que a exposição a que nos sujeitaram é demasiada e excessiva, para a qual afirmamos " já não ter idade, já não ter paciência" sem sabermos muito bem o que é que isso, na prática significa. Apenas sabemos que não gostamos, agora porque é que não gostamos, terá que ver então com os valores, com o respeito ao qual nos damos.
E cada vez mais vou desistindo de esperar, vou abrançando a palavra desespero da mesma forma que me ensinaram a abraçar a palavra preocupação.
E cada vez mais vou retirando qualquer tempero a tudo o que me rodeia e pode eventualmente preencher.
Sem perceber o sentido ou emoção que lhe é associada, sabendo que implica sempre uma lágrima, e um degrau que não se sobe mais, por simplesmente optarmos por não esperar mais.
E aqui, não falemos de auto conhecimento, não falemos de gestão emocional, falemos apenas, daquela palavra que nos dias de hoje é tão banalizada, e também relativizada, o compromisso.