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Incompanhia

A companhia dos (in’s) INcerto INcoerente INconstante

Incompanhia

A companhia dos (in’s) INcerto INcoerente INconstante

Amor & Diplomacia

12.01.19 | Delcy Reis

Tenho vindo a estudar bastante estas duas palavras, por uma questão de rigor, e também por uma questão de mais uma vez ajudar na estrutura emocional de cada um de nós.

Espero que, a vocês que me acompanham, eventualmente ajude.

A praticabilidade com que assumo a vida, pode por vezes levar a interpretações e juizos de valor que, de facto não são de todo os pretendidos.

A forma como temos de chegar às pessoas com quem trabalhamose vamos conhecendo, vai desde conhecermos as pessoas e aquilo que, naquele momento as pessoas podem de facto valorizar, ou erradamente, por acharmos que somos donos de toda a sabedoria, eventualmente rotularmos moralmente e socialmente o interlocutor, por eventualmente projectarmos no mesmo a fase em que nos encontramos.

E, portanto, procuro distinguir de forma clara do que se trata a palavra amor, e do que se trata diplomacia, e entendo também que eventualmente as duas palavras poderão ter alguma relação.

Diplomacia, é aquilo que sempre  iremos precisar, entre nações diferentes, com interesses económicos e sociais tão distintos, para sempre que haja um entendimento, pelo diálogo, pela tentativa e resiliência de conseguirmos chegar a um entendimento em que ambas as partes retirem, em termos de cedência o melhor partido da situação. Onde a ameaça, leva à cedência, e consequentemente o compromisso permitirão um entendimento entre as partes.

Amor, pela sua definição poderá ser aplicado em diferentes dimensões, e aqui partiremos naturalmente para uma esfera mais filosófica, do que propriamente política e que tantas  vezes só leva a complicar do que simplificar. 

E, nesta palavra acabo por estar de acordo com Eric Fromm, o amor não é o sentimento imediato, mas a coerência de comportamento, uma sensação de liberdade acompanhada.

E a diplomacia é conquistada, com muito balanceamento emocional, em diferentes dimensões, que cada um de nós vai reconhecendo que efectivamente me balanceiam.

Eu, conheço as minhas, e vocês? Partilhem, para poder escrever sobre cada uma delas.

Bom fim de semana, 

As palavras são fonte de magia.

08.01.19 | Delcy Reis

A palavra que me recuso a ouvir este ano é preocupação.

E explico-vos porquê, porque gera naturalmente um compromisso emocional fortíssimo, que nada acrescenta e que nada de  verdadeiro tem.

Até as preocupações são relativas, porque todos nós, aprendemos a valorizar primeiro a nossa pessoa, e depois eventualmente aqueles que se preocupam connosco.

E não é por gostarmos mais ou menos, não é por nos lembrarmos mais ou menos, mas sim para darmos e respeitarmos o espaço, o conforto de outra pessoa.

E tudo  isto, porque aqueles que eventualmente entendo que se poderiam preocupar comigo, sei que o estão, os restantes, vão flutuando uma vez mais, entram e saem.

E, a parte humana a que me reservo é muito muito minha, e muito muito privada.

E, também como alguém que me tem acompanhado, e com quem uma parte de mim se referencia, pelo cuidado que tem de falar com o  meu coração, diz isso mesmo, que a pre(ocupação), é simplesmente uma antecipação de algo que efectivamente nos vai ocupar.

E podemos, mais uma vez mediante as nossas prioridades e aquilo que é efectivamente importante para nós.

Mas aceitemos também que não podemos controlar tudo, e que mudanças acontecem, imprevistos também. E não entendamos esses imprevistos como falta de influência, são só e simplesmente imprevistos.

E sim, para os mesmos, vamos sempre sempre continuar a sorrir. Pela pequenez que somos, 

Uma árvore morre de pé.

08.01.19 | Delcy Reis

E estas foram as palavras de mais um dia de 2019.

Palavras ditas por aquele em quem mais confiei na minha vida, com transparência a mais, criticada, talvez pela relação definida pela sociedade e pelo nome que é dado a um laço de sangue.

Uma árvore, poderá ser também o símbolo da vida.

Venha tempestade, venha chuva, frio, geada, cuidamos, e sendo alimentada pelo básico que a natureza oferece, mesmo morrendo, morre de pé.

Viver, é saber morrer de pé e especialmente depois de  uma grande idade, sem que nos cortem as raízes por outras necessidades que não as nossas, aquelas que acreditamos.

Viver, é saber por antecipação que vem tempestade, e procurarmos a manta, procurarmos a lareira, procurarmos aquilo que nos faça, mesmo assim sentir e estar bem, determinado, e pensar que não vai ser aquela invasão, não vai ser aquele evento que não prevíamos que nos vai abalar.

Porque, com tanta vida que a árvore deu, com tantos dias de sol, com tanta chuva e com tantos frutos que deu, só se lhe cortarem as raízes é que eventualmente morrerá.

Porque, uma árvore morre sempre de pé.

E lamento, mas ainda não é a altura de tu, árvore de gerações e com um legado incrível, quer material, quer pessoal, cair.

E está num pomar, com terra, sol, e vai sempre levar com a companhia dos fiéis guardas de pelo beje, quentes e cheiro a amêndoa.

Flexibilidade

08.01.19 | Delcy Reis

Temas atuais e palavras que atualmente nos procurámos agarrar por uma questão de groundness.

Sermos flexíveis, adaptáveis, a todas e quaisquer variáveis: cultura, opinião publica, imagem, aparência, ritmo, sol, chuva, trânsito, rigidez, determinação, tranquilidade.

Sermos ágeis e adaptáveis, de forma livre e sem qualquer preconceito a qualquer interlocutor, sem preconceito de valores daqueles que teimosamente nos querem influenciar, mas apenas pelas nossas convicções.

Convicções que vão mudando pela vontade que temos, pelas  prioridades que definimos, pelos objectivos que entendemos que são importantes para nós, na tal fase de vida que nos encontrámos.

Naturalmente que a fase, surge também como palavra para relativizar todas as mudanças que vamos tendo na nossa vida que entendemos como serem seguras e adquiridas, garantidas.

Fases, que por opção decidimos partilhar com aqueles que confiamos, ou porque simplesmente nada de trazem, em termos emocionais a sua verbalização acaba por não fazer qualquer sentido.

Temos e devemos ser sempre flexíveis, e devemos sempre verbalizar aquilo que achamos sem receio do que alguém possa sentir, porque a palavra de ordem será a gestão emocional, da outra parte por eventuais inseguranças que possam ser trazidas.

Flexibilidade, total, transparência, como nas receitas da cozinha da minha mãe, q.b.

 

 

Marcelo Rebelo de Sousa

08.01.19 | Delcy Reis

Sim, eu fui uma das cidadãs que votei no atual Presidente da Républica, quer pelo seu background em termos de formação, quer pela facto de ser um político com uma figura muito próxima e presente em termos sociais.

Recordo-me de todas as recomendações que fazia de leituras, nos nossos comuns canais portugueses.

Recordo-me da opinião que poderia ter sobre todo e qualquer evento da sociedade.

Naturalmente, um presidente bastante próximo da população portuguesa e cuja postura não alterou e manteve coerente enquanto exerce as suas funções.

Portanto, não entendo a surpresa, francamente não entendo a supresa de todos aqueles que comentam a chamada que realizou para apoiar, um canal televisivo e procurar mostar que o mesmo, apesar de porventura convidar criminosos, pessoas cuja ideoloogia política é claramente radical à que defende, estejam surpreendidos com a sua atitude.

Nem entendo, porque é que um evento destes poderá nos dias de hoje ter que ter uma opinião politica, que foprçosamente obriga a que o Presidente da Nação tenha que intervir.

Não entendo como é que determinadas forças políticas dedicam o seu tempo, a temas que não trazem qualquer  valor acrescentado para o país, mas apenas se limitam a mostrar a sua opinião e ideologia, que no final não trará qualquer sumo. Apenas exposição, debate público e nada mais.

Acredito sim que, sendo um país com bases democráticas e socialistas, aquando da sua revolução, assim o continue, acreditando também que a mensagem passada por gerações anteriores, de uma revolução calma, bem gerida políticamente, onde os portugueses por cultura quiseram provar ao mundo que na sua génese serão por ventura relacionais e não a favor de profundas mudanças, continue a ser, para o bem e para o mal o fundamento que faz com que a máquina se mova.

 

Vamos padronizar o cumprimento?

06.01.19 | Delcy Reis

 Pelas tendências atuais de considerar o típico piropo do norte, algo como eventual assédio, por todas as normas e atualizações em termos de legislação, principalmente nos países do norte da europa, onde determinados comportamentos entre géneros opostos poderão ser considerados menos apropriados ou mesmo rotulados de assédio, a liberdade de expressão é colocada em causa, apesar de estarmos numa suposta democracia.

Pessoas mais comunicativas que entendam que uma boa conversa, onde todas as dimensões e forma de o fazer, poderão ser mais empáticas do que um simples correio electrónico, pessoas que acreditam que o ser humano, pelo humano que tem, pode trazer algo de mais rico à sociedade, poderão ser vistas de uma forma estranha, talvez por se rotularem por não atualizados.

Entendo que, em função das prioridades, as tecnologias, e todas as ferramentas que promovem o trabalho remoto, surgiram como facilitadores nos dias que correm.

Sei que poderá ser visto como um potencial detalhe, mas que certamente  ao não ser neutro, e igual, poderá promover ao desconforto.

E comentários são feitos, julgamentos são feitos, pela imagem, pela forma como tentamos persuadir alguém a ir de encontro com os nossos objectivos. E podemos, simplesmente usar esse argumento para o efeito, apenas pela pequena diferença.

Reconheço que todos somos diferentes, até pela forma como nos cumprimentamos, mas tentemos padronizar, para que não hajam de facto mal entendidos.

 

Martin Luther King: o que me preocupa é o silêncio dos bons

06.01.19 | Delcy Reis

Uma das frases que me inspiram.

Martin Luther King, aquele que combateu o racismo procurando não recorrer à violência, que fez da sua voz e dos seus ideiais, pela coerência de comportamento e persistência, algo que fosse ouvido. 

Reconhecendo, e também aplicável aos dias de hoje, aqueles que procuram fazer de si uma imagem extremamente comunicativa, quando o que comunicam poderá não corresponder à sua verdade, mas apenas a uma forma de se sentirem, otimistas e seguros da sua imagem e pessoa na sociedade.

Aqueles que sofrem em silêncio, e se isolam do mundo que os rodeia, procurando fazer um auto conhecimento sobre as suas capacidades, e oportunidades de melhoria, poderão certamente fazer esse trabalho, mas no receio de confiar, no receio da exposição de eventuais fragilidades ou diferenças que possam trazer para aqueles que rodeiam, optam por se fechar e guardar para si, todas as experiências boas e más.

Sabem, que os mais próximos poderão estar para ajudar, mas também reconhecem que os mesmos, têm os seus desafios, têm os seus caminhos, têm o seu tempo e não querem eventualmente mais ruido.

 O silêncio dos bons talvez aconteça, por isso mesmo, porque são genuinamente bons, acreditam, expõem-se e saem tantas e tantas vezes desiludidos com aqueles que os deixam eventualmente de acompanhar, de apoiar, que julgam porque preferem ao não admitir o seu próprio erro, em colocarem o episódio menos feliz no outro, porque afinal de contas, para todos e cada um de nós, nós somos perfeitos. 

O silêncio dos bons é algo que poderá eventualmente preocupar porque, sendo libertador, alguma mudança irá trazer, para o silêncio, e para os que não estão habituados a ouvir.

 

Abraço

02.01.19 | Delcy Reis

O primeiro dia do ano, foi o dia do abraço. 

Abraço, àqueles que já não via há algum tempo, e que me são relacionados, por sangue, de gerações.

O primeiro dia do ano, foi constatar que, mesmo tudo à minha volta se encontra em constante mudança, no núcleo familiar existem relações e emoções que não mudam.

Os últimos dias de 2018, deram-me a oportunidade de sentir, algo que não acontecia.

Os últimos dias do ano, deram-me a oportunidade de ver sorrisos, ter abraços, dançar, sorrir.

No primeiro dia de 2019, entrei com os dois pés, um sorriso, aquele energia que me caracteriza, e proporcionar bons momentos, alegres e libertos.

No primeiro dia de 2019, refleti sobre as amizades que ainda procuro alimentar, não pela regularidade com que gostava de estar com os mais próximos, que no que me caracteriza, acabam por ser todos aqueles com que partilhei breves momentos da minha vida. E estes breves momentos, foram partilhados não nas redes sociais, mas fisicamente, com alegres gargalhadas e  bem-estar, ora tranquilo, pela atmosfera que rodeia, ora aventureiro e divertido, também pela atmosfera que nos rodeia.

Neste primeiro dia de 2019, ensinei a sorrir, e divertir, a esquecer, limpar, recarregar.

Vi o sol, a serra, o fogo, e os fantásticos 5.

Nos restantes 364 dias, certa que terei atenção para ver algo diferente,