Infelizes os que não ousam e os que vivem na sua informação
Reflexões do dia de hoje, onde foram percorridos seiscentos quilómetros.
Seiscentos quilómetros que conheço muito bem, cada um deles que parece que fazem parte de mim, menos a árida zona de Aveiro, recentemente ardida, onde a vida surge, por cegonhas que pousam em ramificações de eucaliptos, cenário estranho, mas revitalizante, face ao negrume anterior.
Infelizes os que não buscam, os que não ousam. Da ousadia, nasce todo um mundo novo, do suspense, nascem todos novos pontinhos.
Tal, como para um astronauta, a visão da Terra e da sua imensidão, ou a simples descoberta do Universo, pode ser equiparável àqueles que se dedicam a aventurar, pela diversidade da vida, sinto-me a navegar neste momento por parte incerta.
E, quando nos fechamos à informação, quando nos fechamos àquela zona de conforto, capazes de acreditar somente naqueles que nos rodeiam, efectivamente seremos influenciados, pela média emocional das cinco pessoas mais próximas que nos podem rodear.
Somos um país de pessoas com egos grandes, que se procuram abrigar, e superar, por quererem provar que algo controlam na sua vida. Ou então sentirem esse poder de controlo, para lhes trazer uma maior paz de espírito. Pela competição, que adoro, pela comparação que em nada me fragiliza, porque respeito e adoro o meu caminho.
Somos um país em que todos nós precisamos de ouvir e de ser ouvidos, com experiências de vidas, algumas semelhantes, por atos de coragem, por desvios onde a confiança no nosso instinto prevaleceu, onde todos nós nos protegemos, primeiro individualmente, depois em casal, para quem pense dessa forma.
Um denominador comum, é o perigoso poder de manipulação. O tão badalado poder de persuasão e de liderança, onde a segurança que nos é transmitida por alguém, nos leva a confiar, a acreditar, mesmo que de gerações diferentes.
O poder de decisão que, cada um de nós tem é incrível e, as nossas atitudes, o risco que pisamos, por afirmações fortes que fazemos, por críticas fortes que sustentámos, por vezes acabam por não ajudar no objectivo que pretendemos alcançar. Manter aquela relação, e ser agradável.
Deixar uma imagem positiva.
Quando falo em viver na sua informação, refiro-me ao vivermos dentro das quatro linhas de delineamos como sendo razoáveis para termos a vida que sempre sonhámos.
Ruturas, fazem com que essas quatro linhas desapareçam e se construam as mesmas, ou outras, onde a área que delineam é maior ou menor, de acordo com a disponibilidade mental.
Pessoas, que procuram a paz em sítios comuns, e a força de espírito, sempre no desporto e no auto desafio, na sua auto confiança, no sentirem que são capazes de realizar.
Infelizes os que querem acreditar só naquela fonte de informação, e não procuram fazer o "dig in", para conhecerem outras perspetivas, que poderão, em certa medida ajudar na decisão a tomar.
A estratégia triangular das relações, quer para a busca de nova informação, quer para promover a disrupção é cada vez mais utilizada, onde a terceira pessoa é arbitrária e poderá desempenhar um papel de rutura, ou de coesão.
Efectivamente, reconheço o que será ser este terceiro peão, pela minha própria existência. E, pela minha própria existência assumo que, em termos de relações externas a gerir que não as minhas, estabelecidas de forma direta, sempre procurei sensibilizar para o entendimento, para a continuidade, onde era colocada nesse sentido.
Sinto que está na hora de fechar novamente portas, arrumar ideias, e de peão, passar a Rainha.
Estou a ousar, e a viver na informação do mundo.
E, agora entendo o poder da comunicação e das realções.
Entendo perfeitamente a ousadia das relações.
O medo de magoar não pode existir. Só pode e é legítimo que exista a ousadia de se deixar ser magoado, por maior informação que se tenha.