Em busca da perfeição
Sempre que tenho um acordar, procuro ter um objectivo, ter uma planificação do nosso dia a dia. E das maiores frustrações tenho é não conseguir completá-lo como planeei, porque simplesmente por vezes, não consigo e nem tenho tempo de me aperceber porquê. Hoje, foi um dia atípico, acordei sem o planeamento de o que deveria fazer, e tendo uma rotina tão simples, é um desafio sabermos com o que completar o nosso dia. O corpo tenso de uma semana de trabalho, bastante agitada, e o cérebro desorientado de tanta informação, decisão a tomar, sobre pressão e todos os olhares. Acordei, simplesmente sem saber o que fazer, com um monte de pelo castanho e branco atrás de mim com um objectivo claro: liberdade. Saímos os dois em busca do refúgio, o mar. Uma brisa húmida, e refrescante, que reaviva qualquer alma. A agitação nas pedras e o constante roubo que o mar faz na areia traz sempre algo de novo, que por vezes é o que nos faz falta, ter algo de novo. A sensação de liberdade, para mim e para o meu fiel companheiro que, mal avistou aquela imensidão de areia, foi descobrir o limite, traz um brilho no olhar e uma sensação estranha nos pulmões. Sim, talvez seja parecido com ansiedade. A ânsia que uma onda traga a solução, e que o horizonte mostre o por do sol. Acreditar que os sonhos se podem materializar. Esta semana, mais uma vez não aconteceram, e não têm vindo a acontecer, com calma, com rapidez, com e sem iniciativa, não estão simplesmente a acontecer. Não gosto de basear a minha vida no oculto, apesar de ter um gozo especial em apreciá-lo, seja mera coincidência ou não ( mas das boas), sempre que me disponho a apreciar o céu, a estrela cadente acompanha-me. Acho que o equilíbrio pode estar em apreciar o realismo, com a sua misticidade,? Mas não posso transpor esta conclusão como absoluta. Gotta keep digging.